Eu me lembro da sorveteria do Seu Manoel Moreira e do Seu Antenor de Barros barbeiro da rua Marquês do Herval, nunca mais esqueci o sabor do sorvete de ameixa. Logo na esquina de cima as caixas cheias daquele peixe que não conheço a cabeça até hoje, o bacalhau, mas lembro do cheiro da venda da Dona Salma. Nos finais de semana ainda me lembro de ir até o cine Santa Clara onde comia as deliciosas pipocas do Seu Bastoni com seu irmão sempre sorrindo. Ainda me lembro da Paulicéia cheia de gente tomando um cafezinho e colocando a prosa em dia numa bela manhã de domingo. Em tempo de carnaval me lembro do desfile com os carros alegóricos descendo a rua direita, e eu muito pequeno tinha a sensação de que os carros tinham o tamanho de edifícios. Me lembro também do desfile de sete de setembro, adorava e adoro ver a Escolinha descendo com aquela fantástica fanfarra.
Não tenho parentes em Pinhal, então, me lembro carinhosamente chamar vários amigos de meus pais de “tios e tias”, sempre foi uma maneira de sentir que faço parte de uma grande família.
Pinhal cresceu, tem novos bairros, e me lembro de ter conhecido várias pessoas cujos nomes hoje são das ruas destes bairros.
Algumas férias de julho ficava quase que o mês todo na fazenda de meus amigos, ainda me lembro do carinho com que a minha tia me cuidava, quanto zelo.
Ainda me lembro...
Tia Malu, que Saudade!!